
Pingos d’água açoitam minha janela
Pingos d’água caem me açoitando
Colocando-me em névoas nostálgicas...
Bem se sabe que a chuva não é de ter coração.
Toca mansa uma música em minha janela
Toca mansa e me martiriza
Acentua-se a quimera da lembrança...
Bem se sabe que a música não é de ter dó de ninguém.
A chuva cai lá fora
Reviro-me atrás da janela
E dentro de mim uma janela se transtorna
Tudo lembrando a ela...
Oh vida passada!
Oh saudades que tenho de ti
Oh dor que trago em mim
Oh pena que a vida me destina!
Toca mansa a melodia dos pingos em minha janela
A noite se arrasta entre transtorno e sossego
Chove no céu uma lágrima amarga
E ela desliza melodicamente dentro de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário