quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Amor Carrasco


Gosto de carne finada,
Nos beiços o sabor do sangue.
No peito, arfando, a frialdade da vingança:
Mordida, devorada a musa de sua desgraça.
Coitada? Ingrata! Rameira!
- Matei-a, pois, e morri com ela. Provei do teu sabor, do teu veneno.
Ferida pela mão amada, mortificada pela traição do algoz?
De certo que não.
Inumana desejada, não fora amante, fora atroz!

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