Braços molemente pendendo para fora do leito.
Mão alheia lhe roçava o peito teso
Pernas trôpegas e tremulas movimentando-se em idas e vindas
Entre elas vorazmente, indo e vindo, o falo dele.
Ela, muito exausta, ora perdia os sentidos ora os exacerbava.
Clandestinamente gemia.
Desimpedido, lhe mordia o seio e lhe alvoraçava os cabelos.
Arrepiada dos pelos, sentia a doce perda da inocência
Tristemente punia-se amargurada
Alheio a toda a sensação e a toda culpa, seguia firme.
Entre incontroláveis lágrimas e extremado riso ela amava.
Por puro instinto ele a possuía sem dor e sem fardo.
Com o gozo dum, com a doação doutro, consumado foi aquilo que não fora nem uma coisa, nem outra.