Ando querendo fugir!
De sumir e me perder de ti.
Que posso, além disso, fazer?
Se não me entendes por entre as linhas das sílabas que te digo
E te grito por sobre os telhados.
Juro ter tentando intermináveis vezes trazer som ou letra ao que sinto.
Nem mesmo abriste as cartas que lhe enviei...
Não ouviste nada do que, exausta, faço ecoar na minha voz!
Juro ser esta a ultima vez... Farei desse, meu ultimo cantar à lembrança
Do antigo amor;
O que escrevi aqui você jamais ouvirá sair da minha garganta...
Pois sinto que as lágrimas, amigas do amor romântico - aquele irrealizável -
Insistem em saltar dos meus olhos, já felizes por outro cantar:
A ti jurei eterno amor e eterno cantar
Jurei dar-lhe minha vida
Estender-lhe a mão
Esquentar-lhe nas noites gélidas de tristeza
E nas do choramingo do luar.
Não posso, porém cumprir tal jura
Na plenitude do que, naqueles tempos, sonhei.
Meu sentir por você, amor, transformou-se numa coisa
Qual a ternura e o prazer das doces lembranças da velha infância.
Ainda tens meu coração
Mas não ousarei dá-lo outra vez.
Pois te amo da mesma forma que um cancioneiro ama uma senil canção de amor.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Culpa

No meu peito fez morada à dor
Que sobe a cabeça e que traz aos olhos a gota.
A lágrima.
No engolir da saliva me desce uma faca ou um pedaço partido de vidro que me estraçalha a garganta!
Vem de onde tão descomunal emoção? Que engloba todos os sistemas, tecidos e nervos... É decorrente de quê lesão?
Vêm do dolo semi-inconsciente que se transformou de súbito em terror.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Varanda da Fazenda

Deitado na rede,
senti o sopro d’uma brisa leve e ouvi
o acorde primeiro dum violão.
Era Deus ou era Ela?
Aspirei o aroma, quente e amadeirado, que subia, e aquecia minhas narinas, daquele copo de café.
No silencio que me tomou seguia-se a canção...
Melodia leve... Lenta que me lembrava os tempos da mocidade.
Passado belo: pai e mãe vivos, violão afinado, casa cheia de amigos e uma moça á espera no portão.
E na lembrança nostálgica que me tomou seguia-se a canção...
Era Deus ou era Ela?
Não sei...
Era tão linda a serenata que Ela ou Deus tocava e invadia
Por um instante do tempo, naquele envolver da melodia
me esqueci da ausência Dela.
senti o sopro d’uma brisa leve e ouvi
o acorde primeiro dum violão.
Era Deus ou era Ela?
Aspirei o aroma, quente e amadeirado, que subia, e aquecia minhas narinas, daquele copo de café.
No silencio que me tomou seguia-se a canção...
Melodia leve... Lenta que me lembrava os tempos da mocidade.
Passado belo: pai e mãe vivos, violão afinado, casa cheia de amigos e uma moça á espera no portão.
E na lembrança nostálgica que me tomou seguia-se a canção...
Era Deus ou era Ela?
Não sei...
Era tão linda a serenata que Ela ou Deus tocava e invadia
Por um instante do tempo, naquele envolver da melodia
me esqueci da ausência Dela.
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